São Paulo

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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Obrigado Senhor


Caro leitor.

Em minhas últimas postagens comentei sobre um ideal, um projeto de vida denominado Austrália ao qual com muito esforço estou conseguindo realizá-lo. Não fiz e não farei sozinho, muito pelo contrário acredito que seja a pessoa que menos contribuiu para esse projeto se tornasse possível.

Tudo isso é resultado de um enorme empenho de minha parte e das demais pessoas que estão ao meu arredor. Elas, de uma maneira ou de outra, me incentivaram em momentos que mais precisei, muitas vezes sem saber ou jamais idealizaram isso. Fui constantemente surpreendido nesses 8 anos de trabalho duro por apoio ou auxilio de pessoas que, em muitas vezes, mal conhecia ou me conhecia a tão pouco tempo e sua contribuição foi tão grande que me fez pensar várias e várias vezes: “Meu Deus! Será que isso é possível? Isso só pode ser obra sua!”

Estaria sendo hipócrita em dizer para tudo e para todos que “Eu consegui com minhas próprias mãos!” ou “Deixei minha marca lá!” ou ainda “Mais um grande feito meu!”. Errado, pois tudo isso está ocorrendo por permissão Dele. Quando me refiro a “Ele” me refiro a um Deus vivo que ao invés de muitos aqui na Terra não pede nada em troca a não ser o seu mais sincero amor, sua devoção, seu temor e coração.

Caros, percebi nessa longa trilha que, através de meus amigos, colegas, desconhecidos, colegas de classe, professores, pai, mãe, irmão e namorada que toda a força necessária por Ele foi concedida através desse pessoal, movendo seus corações com gestos e palavras que me marcaram que me instruíram que me confortaram.

E que nas provas que passamos juntos ou não e eu me questionava: “Mas Senhor para quê tudo isso? Por que o Senhor permitiu que isso acontecesse?” Eram, simplesmente, etapas que precisam a serem passadas com mérito, pois iram nos fortificar pelo que estava por vir.

Todos os oitos anos foram muito difíceis para todos nós, mas nesse último de 2010 foi o pior deles, até aqui. Quantos leões nós enfrentamos diariamente nesse ano que passou? Muitas vezes mais que um por dia? Situações inusitadas que no momento jamais imaginaríamos como resolvê-las e que não teria como fugir delas. E, em nenhum momento sequer, Ele negou seu conforto, seu amparo, seu colo. Bastava pedir.

Nunca me esqueço um dia em um mês de Setembro, em que tudo estava acabado a meu ver, e que senti de assistir esse vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=I_AcuTXCLX8

Para alguns pode parecer um mero vídeo ou um algo interessante, pois a pessoa em si foi muito importante para muitos, mas se prestarmos atenção em suas palavras e não no homem em si, podemos perceber a garra, a força, a persistência e a motivação necessária para continuarmos de pé sobre os Golias de nossas vidas.

Devido a tudo isso, a todas essas pessoas e PRINCIPALMENTE a Deus, eu escrevo essa postagem, para agradecer, de coração e palavras, o seu amor por todos nós nesse ano que passou. E como uma vez ele me disse no livro de Eclesiastes, cap 3 v 1-8:

"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz".

Chegou o tempo para rir e chorar, mas de alegria Senhor.

Por fim, tive com meu pai hoje, voltando da igreja onde refletíamos sobre esse ano de 2009, dificílimo para nós. E, em certo momento ele disse: “Esse ano que se passou foi o mais difícil para nós”. Concordei com ele e complementei: “É. Que venham os próximos!”

Deus seja SEMPRE Louvado.

Primeiro Contato


Caro leitor.

Há alguns dias iniciei meu contato com a família que irá me hospedar em minhas primeiras semanas na Austrália. Conforme disse na última postagem, decidi me acomodar no primeiro mês em uma homestay para agilizar meu processo de entrosamento com os costumes australianos de vida.

Confesso que existe, perante minha parte, um pouco de insegurança (o desconhecido leva a isso, certo?) e muita curiosidade por querer saber como são, como agem, e o que pretendem! Um pensamento “meio” desesperado, mas é a pura verdade.

Bom, vamos ao quê interessa. Tudo começou quando preenchi uma ficha da escola informando alguns aspectos pessoais meus como; nome, telefone, hobbies, tipos de comida que tenho preferência, com quantas pessoas eu moro, se gosto de animais, se tenho alergia, minhas expectativas e etc.

Após isso, acredito que essas informações foram inseridas em um banco de dados que após cruzarem algumas informações “surgiu” à família que irá me hospedar. Inicialmente irei tratá-los como a família Aussie (um gesto carinho de nomeá-los de australianos, inclusive para proteger suas verdadeiras identidades).

Recebi da escola várias informações sobre eles, endereço, nome de todos os integrantes da família, inclusive o cachorro (Bon Bon). Aliás, é a primeira coisa que irei perguntar; o quê diabos significa Bon Bon?E por que o cachorro recebeu esse nome! Logo após de entregar um presente de “boas-vindas”. Segundo o pessoal da agência me orientou sempre é bom levar alguma coisa desse tipo.

Bom, enviei um email para eles me apresentando e sendo o mais formal possível, pois nunca sabemos o quê esperar e... Walla, eis que surge a resposta mais rápida que eu imaginei. Quem me respondeu foi a Mrs. Aussie e foi super simpática comigo, perguntou se poderia me buscar no aeroporto e que não precisava eu dormi em outro lugar antes de ir para lá! Há! Quase me esqueci de contar... Meu vôo está previsto para chegar às 21 horas do dia 15 de Janeiro, tenho como previsão sair do aeroporto às 23 horas, pois estarei passando pela imigração e isso costuma demorar. Então, para não bater na porta da família Aussie às 1 da manhã do dia 16, sugeri no email que dormiria em um hostel e no dia seguinte iria conhecê-los (na realidade, como sou um tremendo pão-duro iria dormir no aeroporto mesmo!). A Mrs.Aussie disse que isso não seria necessário e estaria enviando o Mr. Aussie me buscar.


Caro leitor, nesse momento do email iniciou-se o meu desespero! Quando a Mrs. Aussie descreveu o Mr. Aussie. Segundo a Mrs. Aussie o “Papai” Aussie se parece com aqueles lutares de LUTA-LIVRE, isso mesmo LUTA-LIVRE, após ler isso refleti por cinco segundo e imaginei o Mickey Rourke com uma placa escrito o “meu nome” me esperando no desembarque do aeroporto e me dando um cascudo ao me encontrar. Que medo! Bom não é para menos que, de acordo com o ator Adam Sandler (fez filmes como; O Paizão, Click, Zohan e etc.) na Austrália “Eles matam pessoas como forma de diversão! Risos”. Brincadeiras a parte, como forma de prevenção intensifiquei meu treinamento nesses últimos dias. Estou “forçando” mais a corrida, para caso ele queira me perseguir pelas ruas de Melbourne. Até a próxima postagem.


***Esse trecho é para minha amiga Amanda da TRSS (É pequena! Eu troquei! Não vou mais ficar no alojamento!)

Acomodação


Caro leitor, olá novamente.

Estava arrumando algumas coisas em casa e lembrei que ainda não postei nada sobre acomodação, alojamento, teto, um canto... Como queira. Existem muitas expectativas sobre esse tópico na viagem e acredito ser importante também.

Bom, supondo que já tenha escolhido o destino de sua viagem, curso e escola você deve estar se perguntado: “Mas aonde vou ficar, isto é, como e com quem? Quais opções eu tenho?”

Existem algumas formas de como se conseguir uma acomodação lá fora, podendo ser na própria instituição de ensino (alojamento de estudantes), em casa de família (as famosas HOMESTAY) através da instituição de ensino ou em sites específicos onde pessoas oferecem ou procuram vagas disponíveis por meses, semestres e anos. Já lhe adianto; isso também é trabalhoso!

Veja bem, se você “comprou” o curso mediante a uma agência pela lógica ela poderá lhe “empurrar” a acomodação. Digo “empurrar”, pois segundo fontes da internet é a forma da qual as agências mais ganham na venda de seus serviços. Podendo ser das duas maneiras que mencionei anteriormente; um quarto fornecido dentro da instituição de ensino ou uma homestay.

Quais as diferenças entre homestay, alojamento da instituição de ensino, albergues/ hostels e share. Como você pode notar, são diversas as possibilidades de acomodação país a fora. Confira a seguir um breve descritivo de cada uma:

- Homestay (Casa de família): Basicamente é uma residência que contém uma família padrão ou não (gato, periquito, irmãos, vovó e etc.). Essas famílias são pagas para lhe hospedar da melhor forma possível. Ainda não sei exatamente como é feita a seleção dessas famílias pelas escolas, mais as informações que detenho é que elas recebem por sua acomodação e devem estruturar toda a casa para a sua chegada, como disponibilizar um quarto, banheiro e etc. A grande vantagem de se hospedar em uma homestay é a possibilidade de aprender muito sobre a cultura / vivência do australiano e, se tiver sorte, poderá ser hospedado por uma família legal. Como desvantagens, você não escolhe a família, eles podem ser um casal de rabugentos, é relativamente caro, e você pode não se identificar com eles. A alimentação varia, mas normalmente é meia pensão, com café-da-manhã e jantar. Portanto é uma caixinha de surpresas.

- Alojamento: Para quem estudou em uma universidade pública no Brasil e escolheu morar, nem que por um curto tempo no alojamento da universidade, sabe como é. Acredito que deve ser muito semelhante, podendo dividir o quarto ou não. É claro que isso influência o valor final que também é alto. Com relação à alimentação varia, podendo ser oferecido na cantina da escola ou o aluno deve se virar. Como vantagem, acredito que seja a vivência no campus, já como desvantagens o valor da acomodação.

- Hostels (Albergues): Calma, não será igual ao filme onde todos os viajantes morrem dilacerados por uma sociedade secreta de aristocratas. Brincadeiras a parte, li e ouvi bastante sobre esse tipo de hospedagem. Muitos falaram bem, pelo custo benefício. Existem sites especializados que fizeram um ranking de todos os albergues do mundo. É excelente para se ter uma idéia de segurança, custo, deslocamento, conforto e etc. A grande vantagem é o custo, sendo baixíssimo. Como desvantagem, alguns albergues permitem uma hospedagem de até 14 noites. Vale à pena procurar, pois possui vários serviços podendo ser quarto individual ou separado, cozinha coletiva, salão de jogos e etc.

- Share: O interessante da share é a semelhança de uma republica de estudantes. Em cidades universitárias como Campinas, SP, existe muito isso. Um grupo de amigos aluga um apartamento ou uma casa e dividem os custos. A diferença aqui na Austrália (e muito outros lugares do mundo) é que você pode fazer isso sem conhecer seus futuros colegas de aluguel através de alguns sites da internet. Como vantagens têm os custos benefício e desvantagens não ‘conhecer ‘ seus colegas / inquilinos.

Após muita dúvida, pesquisa e perguntas optei por 4 semanas em uma homestay. Tenho em mente passar essas 4 semanas iniciais na casa de uma família a fim de agilizar meu processo de integração aos costumes do país e buscar uma share com os futuros colegas de classe ou na internet. Destaco como fator primordial da escolha de uma homestay no primeiro mês foi a possibilidade de aprender mais sobre os costumes do povo australiano, através de uma vivência com uma típica família australiana. Veremos o que irá acontecer!

Lá na Austrália, estarei estudando outras formas de acomodação.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Visto de Estudante na Austrália



Caro leitor.


Supondo que tenha escolhido a Austrália como seu destino de embarque, o próximo e primordial passo será aplicação do visto (Application Visa).


Ressaltando; não será fácil ainda mais que ocorreram algumas mudanças no processo de aplicação de visto, principalmente para outros tipos de visto como o de imigração. Portanto obtenha o máximo de informação possível.


Diferentemente do visto americano, não existe entrevista pessoais durante o processo, todavia serão necessários apresentar muitos documentos para conseguir seu visto de estudante, além de dinheiro é claro.


Basicamente existem duas formas de você iniciar a aplicação de seu visto, por conta-própria ou por intermédio de uma agência e/ou despachante. Escolhi a segunda opção.


Quais são as desvantagens entre essas opções? É simples, se você tem disponibilidade de tempo, bons conhecimentos de inglês (para ler nesse caso) e gostaria de economizar alguns trocados, poderá optar por conta-própria. Caso contrário, recomendo que contrate um especialista. Pois como o próprio nome diz, ESPECIALISTA, ele irá lhe poupar muita dor de cabeça.


Em ambos os casos você deverá fazer:


Passo ZERO - Tire o passaporte, caso ainda não tenha. Acesso o site: http://www.passaporte.tur.br/ e siga os procedimentos impostos pelo governo federal para a retirada do passaporte. Com ele em mão, siga p/ o próximo passo.


Primeiro – Ter escolhido a Escola, ter efetuado o contato, passar pelo processo seletivo e efetuar a “compra” do curso. Após isso, a escola estará lhe enviando uma carta de aceite que deverá ser utilizada no processo de aplicação do visto.


Segundo – Acessar o site do governo Australiano e na área de imigração, averiguar quais são os procedimentos a serem seguidos. Procure também uma lista de médicos credenciados para avaliação. A existência dessa etapa varia conforme a opção escolhida, por conta-própria ou agência/despachante.


Terceiro – Preencher os formulários; 157A, 160, 26 e 956. Eles estarão disponíveis no site do governo da Austrália, na área de imigração ou poderão ser fornecidos pela agência contratada. Cada um deles tem uma finalidade específica, sendo alguns deles utilizado pelo médico que irá vistoriá-lo a fim de saber se sua saúde está de acordo para ser aceito no país e demais informações pessoais, como grau de instrução, endereços, tipo de visto, parentesco e etc. Passe no médico credenciado antes de preencher os formulários.


Quarto – Será necessário apresentar alguns documentos adicionais, como cartas de próprio punho explicando ao governo Australiano o porquê se sua ida ao país e PRINCIPALMENTE o porquê irá voltar. Além disso, outra carta será apresentada devendo ser de um suporte financeiro, para que caso preciso o governo tenha plena ciência que alguém (pai ou mãe) tenha condições de lhe “bancar” de acordo com o período em que estiver lá, mesmo que você esteja se “bancando” sozinho, como foi o meu caso. Em caso de estar empregado, caso consiga, seria de grande valia uma carta da empresa comentando que está apoiando o funcionário nessa jornada e que seu emprego estará garantido em seu regresso.


Quinto – Será necessário apresentar para o governo também um extrato de movimentação de conta bancária contendo um valor mínimo de R$ 24.000,00 disponível para o sustendo do estudante durante seu período de permanência na Austrália. Por isso é importante se programar-se, pois não recomendo levantar essa grana da noite para o dia. Procure a postagem anterior p/ mais dicas (http://diegoabroad.blogspot.com/2009/12/melbourne-australia.html).


Sexto – Cópia do ticket de embarque. Quando você receber a carta de aceite da escola, nela já estará o período que você irá ficar no país, através disso você poderá solicitar a compra de sua passagem. Envie uma copia junto ao “Dossiê” que está montando. Em caso de reprovação do visto, normalmente, parte do seu dinheiro é devolvida.


Sétimo – Revise tudo. Será necessário elaborar um cheque administrativo com o seu banco ou de uma pessoa jurídica para o pagamento da taxa de visto. Verifique no site ou entre em contato com a embaixada Australiana para confirmar o valor.


Oitavo – Com todos os documentos em mãos, inclusive o cheque, enviar o dossiê para a embaixada Australiana e aguardar o resultado que poderá ser em até 60 dias. É importante iniciar o processo de aplicação com ANTECEDÊNCIA, ouso em dizer de no mínimo 6 MESES, pois são muitas as documentações a serem levantadas e o tempo de aprovação do visto pode variar, portanto PREVINA-SE.


Um fator importante é que não sou despachante ou operador turístico, jamais trabalhei com isso. Todo esse passo a passo que apresentei nessa postagem é para que, as pessoas que tem interesse em iniciar a aplicação de visto para estudante na Austrália saibam como funciona. Existem outras particularidades que não coloquei, pois o texto ficaria enorme. Escolhi uma agência especializada em vistos australianos para fazer esse processo para mim, pois foram profissionais extremamente competentes e me auxiliaram em todo o processo. Mas, caso queira aventurar-se em fazer por si só, a base da aplicação é essa. Recomendo que acesse o site do governo australiano e na área de imigração busque toda a informação pertinente, inclusive entre em contato com eles para sanar dúvidas caso tenha.


Volto a destacar o quão importante é o planejamento, como vocês podem ver a quantia necessária para viajar é relativamente alta, além de demais custos como passagens, roupas, malas, curso e outros que deverão compor o orçamento da viagem.


Não recomendo de hipótese nenhuma, conforme casos que constatei na internet, de pessoas que pegaram empréstimos para apresentar um bom extrato e conseguir o visto tendo em mente que ao chegar à Austrália conseguiria um ótimo emprego para se custear. Esqueça essa idéia maluca. Como minha bisavó dizia: “Você está contando com o ovo no c@#$ da galinha”.


Em uma próxima postagem estarei comentando sobre a dificuldade de se conseguir um emprego na Austrália e as falsas expectativas que temos sobre esse assunto, independente da área que atuamos sermos de Informática, Contabilidade, Medicina e outras, todas “carentes” no país. Emprego para estrangeiro não é algo fácil de conseguir.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Melbourne, Austrália.




Caro leitor.

Na última postagem informei os motivos que me levaram a sair do Brasil. Na postagem de hoje explicarei os motivos que me levaram a escolher a cidade de Melbourne na Austrália para viver e estudar inglês por 6 meses. Na próxima postagem, comentarei sobre Buenos Aires, Argentina meu próximo destino.

Bom, desde meus 15 anos tive desejo de estudar fora do país, mas meus pais não tinham condições para realizar meus sonhos. Tracei um objetivo: “Pretendo estudar no exterior por no mínimo 6 meses”. Desse objetivo montei um planejamento estratégico, respondendo as seguintes perguntas: O que eu preciso para estudar no exterior? Como irei fazer isso? Quando irei realizar isso? Através disso, percebi que primeiramente precisava decidir para aonde eu iria, inicialmente confesso que foi Boston, EUA devido as grande Universidades americanas estarem lá e eu ter um tio (Joel Stones) que morava lá a anos e poderia me auxiliar. Em seguida, percebi que iria dispor de um dinheiro que não teria naquele momento, então pesquisei na internet e em algumas agências o custo aproximado (orçamento) do curso como um todo, passagem, alimentação, hospedagem e etc. Com esse valor total em minha mente, fiz um calculo, com base em meu salário atual, de quanto precisaria poupar para ajuntar a quantia necessária. Descobri que iria demorar muito para ajuntar a quantia necessária com o meu salário atual aos 15 anos. Então percebi que precisava melhorar meus vencimentos, ou seja, preciso melhorar de emprego, pra isso precisei entrar em um curso técnico de processamento de dados, aos 18 já trabalhava com TI, ingressei na universidade, me graduei, pós-graduei e finalmente ajuntei a quantia necessária para viajar.

Portanto, visualize da seguinte forma:

Primeiro: DEFINIR O OBJETIVO – Para aonde você vai e o que pretende fazer;

Segundo: O QUE SERÁ NECESSÁRIO PARA REALIZAR O OBJETIVO – No meu caso definir para onde eu iria e os recursos financeiros que eu não tinha;

Terceiro: COMO FAZER ISSO – Talvez a parte mais complexa do planejamento, pois após montar uma lista de todas as suas necessidades temos de ser REALISTAS e planejar o quanto iremos precisar, no meu caso tive de aumentar minha renda, mas para isso tive de me graduar, portanto uma coisa leva a outra;

Quarto: QUANDO FAZER – Infelizmente não temos controle total sobre nossas vidas e algumas pedras no caminho podem aparecer, mas projete com base nas etapas anteriores, o tempo em que pretende realizar isso, em meu caso projetei em 5 anos, portanto era para eu ter viajado aos 20, mas por motivos pessoas tive de acrescentar mais 3 anos, portanto demorei 8 anos.

É importante anotar tudo, não tenha medo de colocar essas informações em uma folha de papel, isso irá auxiliá-lo a ver coisas que não tinha pensando anteriormente e que a quantia de dinheiro será muito maior do que você esperava. Como disse anteriormente, não tinha como meus pais ou um tio rico me auxiliar, por si só consegui ajuntar o dinheiro necessário para viajar com conforto em 8 anos, isso varia de pessoa para pessoa, cenário a cenário. O importante é projetar um orçamento, se ter uma idéia de quanto tudo isso irá custar e estudar qual será a melhor forma de se “levantar” esse dinheiro.

Em fim, quando tive o dinheiro em mãos, o dólar americano subiu horrores o que me obrigou a procurar por alternativas, pois na época tornava inviável minha viagem para BOSTON. Certa vez, em um processo de seleção de uma empresa multinacional conheci um rapaz que havia acabado de voltar da Austrália e falou muito bem de lá. Isso me motivou a obter mais informações sobre o país. Gostei do vi e achei muito mais interessante viajar para um local onde não iria conhecer ninguém, diferentemente de BOSTON e cabia no meu bolso.

Através da internet encontrei várias informações, BLOG´s de viajantes e agências que fomentaram meus planos de viajar para lá. Dentre as 5 maiores agências do mercado de intercambio no Brasil, existe uma especializada na Austrália e Nova Zelândia que melhor me identifiquei. Dentre os diferenciais que ela apresentou foi o fato de todos os agentes que me atenderam terem morado lá e a forma como me apresentaram os valores. Algumas agências não informam todos os gastos que você irá ter, no caso deles foi apresentando um orçamento projetando tudo. Isso me cativou.

Ok, definido o país, tinha parte do dinheiro, faltava decidir: O que estudar? Em qual cidade? Escola?Quando partir?

Quando entrei na faculdade, ingressei no inglês tendo em vista minha viagem ao exterior e ainda estou cursando, pois uma coisa é falar inglês em um país não-nativo e outra coisa é... Outra coisa. Portanto busquei um curso de inglês e negócios. Além disso, pretendo fazer o inglês voltado para a certificação IELTS, é como uma certificação Microsoft só que de inglês afirmando que você está habito para falar, escrever e ouvir a língua inglesa em países como a Austrália, Nova Zelândia e Inglaterra. Estarei falando mais sobre isso em uma nova postagem.

Com ajuda do pessoal da agência escolhi a cidade de Melbourne pelas seguintes razões: tem poucos brasileiros, pois é uma cidade localizada ao sul do país e sua temperatura oscila bastante (ou muito quente ou muito frio); ser uma cidade semelhante a São Paulo, o que particularmente me fascina; ser referência da arte, cultura e culinária do país; e alguns pontos turísticos que sempre quis ver; Futuramente irei falar mais sobre Melbourne.

Dentre as diversas escolas escolhi a Embassy CES, pelo fato de ter colhidos ótimos depoimentos dela, estar localizada em uma faculdade australiana (de acordo com relatos isso é bom, pois a estrutura da escola é melhor) e pelo método de ensino que vi em vídeos aulas na internet.

Não me recordo mais as inúmeras vezes que alterei a data da viagem, todas às vezes por um motivo diferente, mas como disse a você anteriormente, não temos como controlar certas situações, portanto esteja preparado para mudar a data de embarque caso necessário. Estarei partindo dia 13 de Janeiro de 2009 do Brasil, estarei saindo da Austrália no mês de Agosto e indo diretamente para Argentina tendo como intuito o retorno ao Brasil em Novembro de 2010.

Apresentação


Caros leitores.

Elaborei esse BLOG com o intuito de auxiliar as pessoas que pretendem viajar para o exterior, seja para estudar alguma nova língua; cursar uma faculdade; ingressar em um novo emprego; conhecer novos lugares e entre outras razões que os levem a saírem do Brasil.

Portanto, estarei apresentado algumas postagens ao decorrer de minha estadia, fora do Brasil, de como se programar e planejar uma viagem para o exterior e como se “comportar” ou se “virar” fora de seu país de origem.

Além disso, gostaria de compartilhar minhas experiências no decorrer de minha viagem com todos vocês, pois um dia já estive do outro lado do BLOG, como leitor, tendo em mente inúmeras expectativas sobre uma vida fora do Brasil.

Caso queiram saber um pouco mais sobre mim, existe uma ferramenta no BLOG intitulada como ‘Quem sou eu’.

Pode parecer um pouco insano o que irei dizer a vocês, mas meses atrás eu tinha um bom emprego como analista em uma prestigiada empresa de enxovais de luxo, com um ótimo salário e demais confortos que a vida moderna e uns trocados a mais no bolso podem oferecer. Porém, percebi que para evoluir em minha carreira profissional precisava adquirir algumas habilidades para fortalecer meu alicerce emocional, em outras palavras, para se construir uma boa casa, precisamos construir uma excelente estrutura em um terreno de qualidade e assim por diante.

O que gostaria de dizer, caro leitor, é que em meu caso percebi que para conseguir conquistar meus sonhos precisava passar por situações de adversidade que me transformassem em algo melhor, por isso busquei abrir mão de minha zona de conforto (emprego, família e uma bela namorada) e ir para lugares onde não conheço ninguém, passar por novas e inusitadas situações que exijam de mim certas habilidades que para enfrentá-las eu tenha que desenvolvê-las primeiro. Exemplo: Em outro país, sem amigos brasileiros e conhecidos, se você ficar doente NINGUÉM vai se preocupar contigo, digo igual a sua mãe: “Filho já tomou o remédio da febre? Era para tomar as 17 hrs, tomou no horário certo?” ou quando você perde ou esquece a carteira em casa e são 3 da manhã e você liga pro seu irmão mais velho, amigo ou seu pai mesmo e pede para te buscar de carro aonde você estiver.

Fora da sua zona de conforto, você estará por si só. Se esquecer sua carteira, provavelmente dormirá no banco da praça, se não tomou o remédio da febre, muito provável que ela irá atingir uns 40 graus entre outras coisas. Situações como essas e muitas outras que acredito que irei passar é que irão me transformar em um homem melhor, mais maduro e emocionalmente forte, para que quando regressar ao Brasil possa estar preparado para recomeçar do zero, buscando novas oportunidades no mercado brasileiro.

Que fique claro que hoje não é um enorme diferencial o profissional que tem vivência internacional existem ótimos profissionais bem posicionados que mal sabem falar inglês, pois batalharam muito e desenvolveram suas habilidades técnicas ao extremo.Todavia além de fazer isso, quero desenvolver minhas habilidades EMOCIONAIS, passando por algumas situações que no Brasil dificilmente passaria para que assim possa me tornar um ótimo homem e um ótimo profissional.